Como compositor, Neguinho da Beija-Flor merece ser louvado por ter criado para a Beija-Flor, sozinho ou em parceria, sambas-enredos antológicos como Sonhar com rei dá leão (Neguinho da Beija-flor – Carnaval de 1976) e A criação do mundo na tradição nagô (Neguinho da Beija-flor, Gilson Dr. e Mazinho – Carnaval de 1978).
Enfim, Neguinho da Beija-flor – voz radiante da alegria – estará sempre para a Beija-Flor como Jamelão (1913 – 2008) esteve para a Mangueira.
Mesmo que não seja mais o intérprete oficial de Beija-Flor a partir do Carnaval de 2026, Neguinho jamais deixara de ser a voz da escola. Está no sangue! E até no nome do artista!
É por isso que, mesmo sendo a voz da alegria, Neguinho da Beija-Flor deixa o folião triste com o anúncio da aposentadoria do ofício que desempenhou com talento e voz singulares.